O SOM TEM QUE CONTINUAR


2020 foi um ano de dois meses para o mercado de eventos. Se você for daqueles que consideram que o ano só começa depois do carnaval então… 
As ruas que embalaram foliões atrás dos tambores do Ingoma e do frevo do Parangolé Valvulado precisaram se esvaziar e todo o calor do contato que marca essa festa, agora precisa ser evitado.
As luzes precisaram se apagar e os palcos foram silenciados, mas isso não significa que a música parou.
Foi necessário substituir os alto falantes por fones de ouvido e a tela virou palco. Os shows viraram lives, um jeito de aproximar quando é necessária tanta distância. 
Porque cultura é alimento. Pra alma. 
E alimento é item essencial! 

*Para uma melhor experiência dessa exposição é aconselhável o uso de fone de ouvido, tela cheia e atenção.* 
    ce.le.bra.ção - nome feminino
1. ato ou efeito de celebrar
2. ação de comemorar um acontecimento ou data, através de uma cerimônia ou de uma festa; comemoração






    

     
    a.le.gri.a - substantivo feminino
1. estado de grande satisfação, contentamento, felicidade, júbilo, que em geral se manifesta exteriormente
2. aquilo que alegra; acontecimento feliz
3. festa; divertimento
    a.bra.çar - verbo transitivo - do latim: abracchiāre    
1. envolver com os braços    
      a.bra.ço - substantivo masculino           
   1. ato de abraçar; amplexo; abraçamento
   2. junção; união





re.sis.tir - verbo transitivo e intransitivo           
1. opor resistência (a); não ceder (a)
2. suportar sem alterações ou danos, face à ação de agentes agressores; ser resistente; durar
3. suportar; aguentar (situação exigente ou extrema)
4. sobreviver (a)
5. conservar-se; subsistir
6. defender-se; lutar


No momento em que as ruas deixaram de ser palco, se fez importante levar a arte para dentro das casas. Algo que pode até amenizar toda a distância que o momento exige, mas que nunca vai substituir a importância do contato, da troca, da presença e do se fazer presente no urbano. Os encontros se tornaram virtuais e a tecnologia invadiu de fez as nossas vidas.
O cinza da cidade se destacou, os sons viraram texturas sem melodias, o toque virou aceno e os encontros foram parar em telas. - tão pequenas quanto seu efeito de aproximação. Os artistas precisaram achar novos espaços para se manifestar, um novo jeito de comunicar. Uma nova forma de se fazer ser ouvido, quando tão pouco se ouve.
Quando tudo isso passar - e vai passar - é importante que saibamos nos reconhecer, livres de máscaras e tampões. Que esse olhar pra dentro possa refletir no mundo que queremos em volta. 
Que continuemos a nos cercar de cultura e que possamos fazer dela uma arma de transformação social. A revolução não será televisionada e pode não vir pelo rádio ou internet, mas ela certamente será arte! 
Essa exposição tem como recorte temporal os seis primeiros meses de 2020, retratando o momento de transição imposto pela pandemia de COVID-19 nas nossas interações sociais e culturais.
É sobre a cidade, é sobre cultura. Mas é também sobre sons, memórias, imagens, sentimentos, reflexões, encontros e despedidas. 
É sobre resistir.

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